A Comissão de Ética do PDT deve se reunir nos próximos dias para apreciar a defesa encaminhada pela vereadora Sargento Regina, sobre os vídeos divulgados na internet, nos quais ela revela os bastidores da política e da polícia do Rio Grande do Norte.
A parlamentar enviou as justificativas ao partido no início da semana e afirmou que a iniciativa partiu dela.
Regina disse que pediu uma oportunidade para conversar com a direção do PDT e voltou a dizer que não fez nada que deprecie sua conduta e nem chegou perto de um ato de corrupção.
A vereadora ainda falou do seu retorno à Polícia Militar e disse que isso aconteceu em boa hora.
“Passei três anos dizendo ao estado que era inocente da expulsão do comando. Todos noticiaram que cometi crime de estelionato, mas Deus é justo e isso veio na hora certa”, declarou.
Para Regina, quem merece punição são as pessoas que publicaram os vídeos na internet.
“Isso é crime. O foco dessa punição não sou eu. Não falei nada que desabone minha conduta. Sou uma pessoa transparente e minha vida é um livro aberto, por isso que essas informações chegaram a público. Todo mundo viu minhas declarações de que o meu padrão de vida não é alto, que vivo com meu salário de vereadora”, afirmou.
A vereadora disse que procurou, espontaneamente, o partido e formulou por escrito os argumentos em sua defesa e o desejo de conversar com a direção do PDT.
O comandante geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo, e o governo do estado, através da assessoria de comunicação, informaram que não irão se pronunciar sobre a decisão da Justiça que reintegra a vereadora Sargento Regina (PDT) à Polícia Militar enquanto não forem notificados oficialmente sobre a sentença.
A decisão do pleno do Tribunal de Justiça foi publicada no Diário Oficial do Estado da última quarta-feira, afasta a existência de qualquer dívida e determina o retorno da Sargento Regina aos quadros da PM.
Para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, o motivo alegado pela corporação para a expulsão da Sargento Regina, em 2007, não existia.
Na época, o comando da PM alegou que Sargento Regina havia dado cheques como garantia de um empréstimo, porém não havia honrado o pagamento.
O conselho de disciplina formado por três oficiais da polícia deu veredicto inocentando a vereadora.
Apesar de ter sido inocentada pelo conselho, a expulsão acabou ocorrendo.
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