Reportagem da revista Veja que chegou às bancas hoje diz que teria havido distribuição de dinheiro dentro do ministério, na época comandado por Dilma Rousseff (foto), candidata a Presidenta da República pelo Partido dos Trabalhadores .
O dinheiro, diz a revista, seria referente à suposta propina cobrada no acerto do contrato emergencial para aquisição do Tamiflu, firmado no meio do ano passado.
O medicamento é usado no tratamento da gripe suína.
O caso teria sido relatado à revista por um amigo de Castro que trabalha no governo e por seu tio, Marco Antonio Oliveira, então diretor de Operações dos Correios.
Os depoimentos, diz a reportagem, foram gravados.
“Caraca! Que dinheiro é esse?”, teria dito Castro, que de acordo com o texto ouviu a resposta de um colega mais experiente: “É o PP do Tamiflu” – PP é a sigla usada para pagamentos oficiais, que no linguajar das repartições adquiriu o significado de propina.
Vinicius de Oliveira Castro é sócio do filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, apontado pela revista na semana passada como pivô de um esquema de tráfico de influência dentro do governo.
O governo, diz a revista, nega qualquer ingerência na aquisição do medicamento.
Outra reportagem da revista diz que o tráfico de influência comandado dentro do governo não seria restrito ao filho de Erenice Guerra.
O marido da ex-ministra, o engenheiro elétrico José Roberto Camargo Campos, também teria praticado lobby em um negócio na área de telecomunicações.
O Ministério da Saúde divulgou nota hoje desmentindo matéria da Revista Veja desta semana, que afirma que a Casa Civil distribuiu “propina do Tamiflu” para seus funcionários, com base no depoimento de um amigo e do tio de Vinicius de Oliveira Castro, ex-assessor da Casa Civil.
A nota afirma que a negociação do antiviral utilizado para combater a gripe H1N1 foi realizada diretamente entre o Ministério da Saúde e a diretoria do único laboratório produtor do medicamento, sem intermédio da Casa Civil ou de terceiros.
“Portanto, ao contrário do que afirma reportagem da Revista Veja, a Casa Civil não teve interferência neste processo”, afirma a nota.
O Ministério ainda afirma que o preço foi 76,7% mais baixo do que o de mercado.
O medicamento foi adquirido em 2009 para tratar a epidemia de H1N1 que acontecia na época.
O Ministério esclarece que foi adquirida quantidade suficiente de Tamiflu para tratar os doentes e criar uma reserva de 20 milhões de tratamentos, o suficiente para 10% da população no caso de uma nova pandemia.
0 Comentários