18 set 2010
 Por 
Blog do Seridó
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17:44min. 
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Revista Veja denuncia pagamento de propina na época em que Dilma Rousseff era ministra

Reportagem da revista Veja que chegou às bancas hoje diz que teria havido distribuição de dinheiro dentro do ministério, na época comandado por Dilma Rousseff (foto), candidata a Presidenta da República pelo Partido dos Trabalhadores .

O dinheiro, diz a revista, seria referente à suposta propina cobrada no acerto do contrato emergencial para aquisição do Tamiflu, firmado no meio do ano passado.

O medicamento é usado no tratamento da gripe suína.

O caso teria sido relatado à revista por um amigo de Castro que trabalha no governo e por seu tio, Marco Antonio Oliveira, então diretor de Operações dos Correios.

Os depoimentos, diz a reportagem, foram gravados.

“Caraca! Que dinheiro é esse?”, teria dito Castro, que de acordo com o texto ouviu a resposta de um colega mais experiente: “É o PP do Tamiflu” – PP é a sigla usada para pagamentos oficiais, que no linguajar das repartições adquiriu o significado de propina.

Vinicius de Oliveira Castro é sócio do filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, apontado pela revista na semana passada como pivô de um esquema de tráfico de influência dentro do governo.

O governo, diz a revista, nega qualquer ingerência na aquisição do medicamento.

Outra reportagem da revista diz que o tráfico de influência comandado dentro do governo não seria restrito ao filho de Erenice Guerra.

O marido da ex-ministra,  o engenheiro elétrico José Roberto Camargo Campos, também teria praticado lobby em um negócio na área de telecomunicações.

Ministério da Saúde desmente

O Ministério da Saúde divulgou nota hoje desmentindo matéria da Revista Veja desta semana, que afirma que a Casa Civil distribuiu “propina do Tamiflu” para seus funcionários, com base no depoimento de um amigo e do tio de Vinicius de Oliveira Castro, ex-assessor da Casa Civil.

A nota afirma que a negociação do antiviral utilizado para combater a gripe H1N1 foi realizada diretamente entre o Ministério da Saúde e a diretoria do único laboratório produtor do medicamento, sem intermédio da Casa Civil ou de terceiros.

“Portanto, ao contrário do que afirma reportagem da Revista Veja, a Casa Civil não teve interferência neste processo”, afirma a nota.

O Ministério ainda afirma que o preço foi 76,7% mais baixo do que o de mercado.

O medicamento foi adquirido em 2009 para tratar a epidemia de H1N1 que acontecia na época.

O Ministério esclarece que foi adquirida quantidade suficiente de Tamiflu para tratar os doentes e criar uma reserva de 20 milhões de tratamentos, o suficiente para 10% da população no caso de uma nova pandemia.

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