29 abr 2023
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Blog do Seridó
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Pesquisa com apoio da UFRN aponta nova arma contra os fungos

Comumente conhecidas como micoses, as doenças fúngicas são constantemente negligenciadas, pois o seu potencial maléfico parece desconhecido por grande parte das pessoas. No entanto, infecções dessa natureza são responsáveis por 1,7 milhão de mortes, sendo registrados 300 milhões de casos por ano em todo o mundo. Uma pesquisa em fase pré-clínica realizada com colaboração da UFRN apresenta alternativa para tratamento do Aspergillus fumigatus, um dos principais fungos patogênicos para humanos, causador de um conjunto de doenças infecciosas chamadas de aspergiloses, que pode afetar até cinco milhões de pessoas anualmente.

O trabalho, publicado na Nature Communications, conta com a colaboração do professor Rafael Wesley Bastos, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da UFRN e é orientador permanente do Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária (PPGBP/UFRN). Ele realizou análises de substâncias para tratamento do Aspergillus, o fungo filamentoso mais fatal para humanos, cuja infecção acontece em pessoas imunocomprometidas pela inalação de esporos presentes no ambiente e que chegam aos pulmões. O artigo discute a utilização do composto medicamentoso brilacidina (BRI) como um reforço para o fármaco caspofungina (CAS) em tratamentos a essas enfermidades.

Para a pesquisa, foram testadas mais de 1.400 drogas que já foram aprovadas para uso em seres humanos e podem estar sendo comercializadas ou não. Rafael explica que, a partir do que os pesquisadores intitulam de Biblioteca de Drogas, 17 compostos foram selecionados por apresentarem algum efeito contra o crescimento do fungo in vitro. Tamanha redução se dá não apenas pelo desenvolvimento de análises envolvidas, mas também pela existência de muitos trabalhos científicos publicados sobre os fármacos observados. 

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