A comoção desencadeada pelo assassinato do ex-premiê japonês Shinzo Abe expõe também um tema mais do que sensível no país: a aplicação da pena de morte.
O Japão e os EUA são as únicas nações integrantes do seleto clube da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do chamado G7 – o grupo das sete potências econômicas mundiais formadas por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Japão – que ainda praticam legalmente a execução de condenados pela Justiça.
Sob o protesto de organizações internacionais e entidades de direitos humanos, atualmente, há no Japão mais de cem presos no corredor da morte. O método de execução é por enforcamento, geralmente aplicado aos que se envolvem em assassinatos coletivos ou crimes hediondos, nos quais se enquadra o que ocorreu esta manhã em Nara e vitimou o ex-primeiro-ministro.
Em dezembro passado, três presos considerados culpados de assassinato foram enforcados nas primeiras execuções aplicadas no país desde 2019 e aprovadas pelo premiê Fumio Kishida. Do mesmo partido que Abe, o Liberal Democrata, ele assumiu o cargo em outubro.
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