O ministro Joaquim Barbosa pendurou a toga há oito meses e 11 dias. E Dilma Rousseff ainda não indicou um substituto. É o prazo mais longo de todos os tempos. Nenhum outro presidente havia demorado tanto para exercer o seu poder de escolha. “Essa demora é uma extravagância ímpar”, criticou o ministro Marco Aurélio Mello, vice-decano do STF. “Para mim, como cidadão e integrante do Supremo, é algo injustificável. Vejo isso como um menoscabo [desprezo] institucional do Executivo em relação ao Supremo.”
Entre as pessoas que Dilma consulta antes de tomar sua decisão está o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele responde a inquérito no STF por suspeita de envolvimento no escândalo da Petrobras. “Um presidente da República tem uma enorme liberdade de escolha. Não tem cabimento consultar e ficar querendo atender ao presidente do Senado”, disse Marco Aurélio, sem entrar no mérito dos indícios que pesam contra Renan. O ministro considera incabíveis também consultas ao presidente do Supremo.
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