A disparada dos preços de itens básicos tem obrigado milhões de brasileiros a fazer escolhas na hora de pagar contas. É cada escolha difícil. Para ir ao supermercado, o corretor de imóveis Sérgio Alves atrasou a prestação do apartamento: “Às vezes a gente tem que ver o que é prioridade. Às vezes a prioridade é comer. Aí a conta vai um pouquinho para a frente.”
As pesquisas de preços por faixa de renda mostram que para as famílias mais ricas, com rendimento acima de oito salários mínimos, o peso de alimentação e habitação é de menos da metade do orçamento (46,2%). Para as mais pobres, que vivem com menos de três salários mínimos, o essencial compromete quase dois terços de tudo o que ganham (65,7%). Agora pensa: nos últimos 12 meses, o que mais subiu foi justamente o preço do básico.
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