Segundo matéria do Correio Braziliense, em Timbaúba dos Batistas, a 304 km de Natal, 1.900 dos 2.300 habitantes votam, ou 83% da população.
O jornal afirma que o número é suspeito porque indica que o total de crianças e adolescentes de até 16 anos, somado ao de idosos, corresponde a apenas 17% da população.
Em função disso, diz a publicação, o Ministério Público Federal (MPF) já entrou com mais de 100 recursos. Todos questionam a legalidade dos documentos apresentados pelos eleitores.
A cidade é uma das 60 que passaram pelo recadastramento para as urnas biométricas. Foi escolhida por apresentar, entre outros requisitos, um total de transferências de títulos eleitorais 10% maior de um ano para cá. Para o Ministério Público, as novas urnas, que vieram com a promessa de segurança, não evitam esse movimento migratório.
“Toda eleição é a mesma coisa. A incidência da transferência eleitoral é sempre alta”, afirma o procurador regional eleitoral, Ronaldo Sérgio Chaves Fernandes. “O problema é que o conceito de domicílio eleitoral é muito amplo”, critica.
No cartório eleitoral de Caicó, responsável pelas eleições em Timbaúba, a pilha de recursos indica o tamanho do problema. Os pedidos de transferência de títulos seguem um padrão e foram elaborados por advogados dos partidos.
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