O presidente Jair Bolsonaro fez nesta terça-feira (17) um gesto de trégua ao Senado em meio à crise entre os Poderes. Disse reconhecer a independência do Legislativo e que não vai cooptar senadores para apoiar o pedido de impeachment dos ministros do STF Luís Roberto Barroso e Alexandre de Morares, que pretende apresentar ao Senado nesta semana.
Como mostrou reportagem do jornal Folha de S.Paulo, ministros palacianos entraram em campo nesta segunda-feira (16) para tentar convencê-lo a recuar da ideia de apresentar a denúncia contra os ministros do STF. A tarefa de tentar apaziguar os ânimos coube principalmente ao chefe da Casa Civil e líder do centrão, Ciro Nogueira, mas também conta com o apoio de Flávia Arruda, ministra da Secretaria de Governo.
Ambos lideram a ala política do Palácio do Planalto e têm argumentado internamente que o gesto de levar ao Senado pedidos de afastamento contra os ministros, além de ser inútil do ponto de vista prático, tem potencial de piorar ainda mais a crise entre os Poderes.
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