Mesmo com a melhor rede hoteleira do nordeste e uma das maiores reservas em belezas naturais, o estado vive uma das piores crises do Turismo nos últimos tempos, ao ponto de perder a condição de um dos principais destinos turísticos do país e contar prejuízos econômicos em um setor que terminou o ano passado como o de maior participação na economia formal potiguar. As frequentes quedas na ocupação turística, mês a mês, têm impactado diretamente nas 52 atividades econômicas que integram a cadeia produtiva turística, definida pela Organização Mundial de Turismo. A situação preocupa as autoridades ligadas ao setor que temem pelo futuro da atividade no estado.
Para se ter uma ideia dessa queda, basta comparar o movimento no Aeroporto Augusto Severo com dos anos anteriores e os registros de outras capitais do Nordeste. No último quadrimestre de 2011, o aeroporto registrou um movimento de 43.567 passageiros a menos que o último quadrimestre de 2010. Nesse mesmo período, em Fortaleza, houve um aumento de 55.394 passageiros e Maceió teve um incremento de 9.228.
Outro dado que aponta para a queda é o número de empregos gerados com o turismo no estado. O Cadastro Geral de Empregados do Ministério do Trabalho registra ano a ano uma queda na geração de novos empregos da ordem de 77% no RN. Em 2010, os serviços de alojamento e alimentação geraram 3.864 novos empregos. Em 2011, apenas 890. Quando se compara com outras capitais do Nordeste, Natal teve o pior desempenho no ano de 2011, apesar dos setores de serviço de alojamento e alimentação ainda estarem gerando emprego. Com relação à taxa de ocupação dos hotéis, segundo a ABIH/RN, houve uma queda de 9,16%.
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