O Senado vai homenagear, no período do expediente que antecede a sessão plenária da terça-feira (9), às 14h, o cardeal Dom Eugênio Sales, arcebispo emérito do Rio de Janeiro, pelos seus 90 anos de vida. O requerimento solicitando a homenagem é do senador João Faustino (PSDB-RN).
Idealizador das comunidades eclesiais de base e da Campanha da Fraternidade, Dom Eugênio também ficou conhecido por ajudar perseguidos políticos durante o regime militar.
O senador João Faustino diz, no requerimento da homenagem, que o cardeal é uma das figuras mais proeminentes da Igreja Católica e “tem relevantes serviços prestados ao povo brasileiro”. O parlamentar destaca, entre as atividades de Dom Eugênio, a criação do Movimento de Educação de Base e, com ele, as escolas radiofônicas; a criação dos primeiros sindicatos rurais; a defesa de refugiados políticos; a criação de centros de atendimentos a portadores de AIDS e a criação da pastoral carcerária.
Dom Eugênio nasceu na Fazenda Catuana, em Acari, no dia 08 de novembro de 1920. De família muito católica, realizou seus primeiros estudos em Natal, indo, posteriormente, para Fortaleza/CE, onde cursou Filosofia e Teologia. Foi ordenado sacerdote em 1943 em Natal.
Ordenado bispo ainda muito jovem, aos 33 anos, assumiu como bispo auxiliar de Natal em 1954, e em 1962 tornou-se administrador apostólico dessa mesma arquidiocese. Em 1964 tomou posse como administrador apostólico de Salvador, sendo elevado a arcebispo dessa sede em 1968, tornando-se, assim, primaz do Brasil (isto é, arcebispo da diocese mais antiga do país).
Em 1969, Dom Eugênio Sales foi feito cardeal pelo papa Paulo VI. Em 1971 tornou-se arcebispo do Rio de Janeiro, função em que permaneceu até 2001, quando se aposentou. Desde então é arcebispo emérito. Entre 1972 e 2001 acumulou também a função de bispo dos fiéis de Rito Oriental do Brasil. Foi também membro de 11 congregações na Cúria Romana.
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