As redes sociais têm impactado negativamente a autoestima de homens e mulheres, contribuindo para o aumento de casos de ansiedade, depressão e outros transtornos mentais, avaliou a psicóloga Ana Cristine Padilha. Segundo ela, a exposição excessiva a padrões irreais e a busca por validação virtual criou um ambiente de comparação excessiva e sobrecarga informativa, agravando problemas de auto percepção: “Quando você não sabe quem é, busca no outro a confirmação do seu valor”, afirmou.
Ela explicou que o Brasil “já é o país com maior nível de ansiedade no mundo e um dos maiores consumidores de redes sociais. Isso não é coincidência”. E que a autoestima é construída em três pilares: auto identidade, autovalorização e auto merecimento. “Se esses pilares estão fragilizados, a pessoa aceita situações que ultrapassam seus limites, seja no trabalho, em relacionamentos ou na família”, disse, em entrevista à CBN Natal.
Ana Cristine explicou ainda que a autoestima fragilizada abre caminho para transtornos como depressão, ansiedade e Burnout. “Quando você se compara, se inferioriza. Quando admira, se impulsiona. O problema é que as redes incentivam a primeira opção”.
A psicóloga destacou que plataformas como Instagram e TikTok incentivam a comparação constante, muitas vezes baseada em imagens irreais. “A influencer está maravilhosa, magra, com 50 milhões de seguidores. Você olha e pensa: ‘Nunca vou chegar lá’. Mas a pergunta é: você precisa chegar?”, questionou.
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