15 set 2010
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Blog do Seridó
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17:10min. 
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Primeira ação de Carlos Eduardo caso eleito será o reordenamento financeiro do Estado, diz ele em entrevista à InterT V Cabugi

O candidato ao Governo do Estado, Carlos Eduardo (PDT), disse nesta quarta-feira (15), em entrevista ao jornal RN TV, da InterTV Cabugi, que a sua primeira “obra”, caso eleito, será recuperar a capacidade de investimento do Estado.

A entrevista durou oito minutos e abordou os temas trabalho, turismo sexual, combate às drogas, Saúde e Lei de Responsabilidade Fiscal.

Confira os principais trechos da entrevista:

Qual será a sua primeira obra ao assumir o Governo do Estado?

Recuperar a capacidade de investimento do Estado – hoje ele investe menos de 4% de sua receita, uma iniquidade para que qualquer governo possa ter projetos consistentes. Vamos cortar cargos comissionados, administrar com austeridade, combatendo desperdícios, e dessa forma aumentar a capacidade de investimentos do Governo do Estado para 10%. Fiz isso quando era prefeito de Natal: aumentamos de 6% para 14% os investimentos e vamos fazer também no Rio Grande do Norte. Essa será a primeira obra do Governo, e a partir daí nós vamos ter recursos para fazer os nossos projetos, para ser parceiros do Governo Federal, de instituições financeiras do Brasil e do mundo para fazer frente aos nossos projetos.

Como pretende diminuir o número de desempregados aqui no estado?

O Estado também não fez o seu dever de casa na questão da infraestrutura – sem infraestrutura não há desenvolvimento econômico e não há futuro. O Rio Grande do Norte não tem aeroporto, não tem porto, não tem ferrovia. Nós temos que fazer o porto em Porto do Mangue, o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante e a ferrovia que sai do Seridó, passa pelo Oeste e vai até Quixadá, no Ceará, onde vai se ligar à Transnordestina. Assim, o Rio Grande do Norte vai se integrar economicamente com o Brasil e com o mundo. Simultaneamente, nós vamos trabalhar a capacitação profissional. O Governo terá a sua própria estrutura de capacitação profissional e vamos também conveniar com as universidades, com o sistema “S” e com as escolas técnicas. Dessa forma, nós vamos preparar as pessoas para o mercado de trabalho.

Como o senhor pretende combater o turismo sexual?

Nós já temos os Centros de Referência da Assistência Social (Creas) – e precisamos ampliar os Creas.  Não é só pegar as crianças abandonas na rua e colocar de volta em casa. O foco tem que ser a família: geralmente a criança está naquela situação porque o pai está desempregado, a mãe não tem como colocar as crianças na creche. Então vamos, além da repressão firme da polícia, vamos levar essa criança pra casa, prestar assistência ao pai, oferecer capacitação profissional, colocar as crianças pequenas na creche. Vamos também ter o (programa) Bolsa Ensino: as famílias nessa situação vão uma renda mínima para que a criança naquela situação possa ficar na sala de aula.

A rede de apoio do estado é praticamente inexistente em relação ao combate as drogas. O que o senhor pretende fazer neste segmento?

A droga chegou nos últimos dez anos de uma forma implacável no Rio Grande do Norte e tem feito muitas vítimas e desagregado muitas famílias. Nós pretendemos fazer os centros de recuperação dos drogados, e trabalhar a ação preventiva e a ação repressiva da polícia. Vamos desenvolver também uma política de desenvolvimento econômico com ações integradas – transporte, educação, habitação, saneamento básico, capacitação profissional. Essas políticas, somando-se às ações repressiva e preventiva e aos centros de recuperação dos drogados, eu creio que a gente sejam três frentes de enfrentamento para esse problema que não é apenas grave no Rio Grande do Norte, mas no Brasil.

O senhor tem projetos específicos para a Saúde?

Tenho. A Saúde é um problema de financiamento e de gestão. Nós não vamos esperar a Emenda 29 ser regulamentada. Vamos investir 12% especificamente em Saúde – o Estado investe hoje cerca de 8%, então vamos praticamente dobrar. Depois, nós vamos recuperar os 23 centros de saúde do interior do Rio Grande do Norte, que não têm médicos, equipamentos, gestão, autonomia financeira, não têm remédios. Nós vamos fazer concurso para contratar equipes multidisciplinares de médicos, vamos fazer os centros de diagnóstico dentro dos hospitais e dar autonomia de gestão para que não faltem remédios. Além disso, vamos construir a primeira maternidade de Mossoró – uma cidade de 230 mil habitantes já governada por médica pediatra, enfermeira, mas que não tem sequer uma maternidade.

Como fazer para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal?

A primeira obra da nossa administração é fazer o que fiz como prefeito de Natal: recuperar a capacidade de investimento do Estado. O Estado tem uma previsão, nos próximos 4 anos, de arrecadar R$ 30 bilhões. Se a gente investir 10%, teremos R$ 3 bilhões para fazer esses investimentos.

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