Condição atinge 24,4% dos domicílios onde o responsável é branco

A fome esteve mais presente em domicílios brasileiros chefiados por pessoas pretas ou pardas do que em lares chefiados por pessoas brancas. Em 2024, 1,4 milhão de lares chefiados por pardos e 424 mil chefiados por pretos representaram 73,8% do total de endereços (2,5 milhões) em condição de insegurança alimentar grave no país.

Isso significa que a cada quatro residências que viveram situação de fome praticamente três eram chefiadas por pessoas pretas ou pardas. A constatação faz parte da edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua sobre segurança alimentar, divulgada nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para pesquisar a condição dos lares brasileiros, o IBGE visitou famílias em todas as partes do país e fez perguntas sobre hábitos alimentares referentes aos 90 dias anteriores à entrevista. O instituto classifica como insegurança alimentar grave os casos em que foi relatada redução ou falta de alimentos para os moradores, incluindo as crianças. Nessa condição, a fome passa a ser uma experiência vivida no lar.