
Um decreto do governo federal estabeleceu metas obrigatórias para reciclagem de embalagens de plástico. É a primeira vez que o Brasil adota regras para reduzir o volume de lixo plástico. O decreto estabelece metas e prazos que já estão em vigor em todo o território nacional.
Em 2026, deverão ser coletados e reciclados 32% de todas as embalagens e materiais plásticos descartáveis, como pratos, talheres, copinhos e canudos. Até 2040, esse percentual sobe para 50%. Foi definido também o índice de reutilização dos recicláveis na fabricação de novos plásticos: 22% já em 2026 e 40% até 2040. As medidas alcançam também os importadores de materiais plásticos.
“O decreto traz incentivos e estímulos para que essas empresas possam usar embalagens com maior índice de reciclabilidade, tragam embalagens retornáveis e assim diminuir a quantidade de lixo que é jogado nas nossas cidades”, diz Adalberto Maluf, secretário nacional de Meio Ambiente Urbano. São muitos os motivos para que o Brasil adote políticas mais rigorosas contra o lixo plástico.
“O Brasil hoje é o oitavo maior poluidor de plástico do mundo. Nós somos o maior produtor de plásticos da América Latina, colocando cerca de 500 bilhões de itens e embalagens plásticas no mercado todos os anos. O Brasil despeja no oceano 1,3 milhão de toneladas de resíduos plásticos. Isso tem uma série de consequências ambientais para a biodiversidade. Tem também uma consequência bastante significativa também para o setor de turismo, para o setor de pesca e para a saúde humana”, afirma Lara Iwanicki, diretora da Oceana.