Entidades ligadas aos movimentos sociais, que defendem os direitos dos homossexuais, comemoraram a decisão do STF que determinou o reconhecimento legal da união estável entre homossexuais. Aprovada à unanimidade pelos ministros do Supremo, essa decisão faz com que a união Homoafetiva seja agora reconhecida pelo código civil e pela própria constituição. Isso permitirá aos casais homossexuais que vivem juntos, constituírem legalmente uma família.
O militante da Associação Potiguar pela Livre Orientação Sexual Wilson Dantas considera um avanço esse reconhecimento, embora tardio, principalmente se confrontado com os países europeus que há decadas já determinaram essa legalização. Já o militante da ONG Habeas Corpus Gay, José Dantas disse: “Nada mais justa do que essa aprovação. Um grande passo que a sociedade dá para que o diferente seja visto como igual”. O psicólogo Carlos Henrique em união estável com Wagner Pereira há 19 anos, contou que para ele, a decisão do STF não fez tanta diferença: “Eu e meu parceiro vencemos num tempo em que as coisas eram muito mais difíceis para os homossexuais, mas me alegro por mais este avanço que vai ajudar os que ainda sofrem com o preconceito”, afirmou. A verdade é que essa decisão do Supremo vai preencher muitas lacunas e espaços vazios da legislação, muito omissa em relação a direitos de casais homossexuais em união estável.
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