Duas obras de grande porte que representam soluções hídricas para parte do interior do Rio Grande do Norte estão na berlinda. A adutora do Alto Oeste e a barragem de Oiticica – que, juntas, levarão água para 43 municípios potiguares – estão no rol das obras que podem ter a continuidade afetada pelo ajuste fiscal do Governo Federal. Ambas integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujos recursos estão contingenciados até abril. Decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) em 26 de fevereiro determina a diminuição de até R$ 15 bilhões em repasses ministeriais para o programa.
Lançado em 2007 e estandarte dos governos Lula e Dilma Rouseff, o programa tem como foco retomar os investimentos em obras de infraestrutura de grande do porte no país. Em 2011, o PAC entrou na segunda fase, com empreendimentos voltados para mobilidade urbana, saneamento urbano, transportes, energia, revitalização histórica e turismo. O RN possui, desde então, mais de 1,5 mil empreendimentos contratados pelo programa – mais de 50% ainda não foram concluídos, segundo dados disponibilizados pelo Ministério do Planejamento. Entre os contratados, 174 são voltados para reforço na infraestrutura hídrica do estado.