A engenheira Magda Chambriard, atual presidente da Petrobras, compartilhou em entrevista sua experiência de mais de 45 anos no setor de óleo e gás, marcada por episódios de preconceito e avanços na inclusão de mulheres em posições de liderança. Magda, que também foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), relatou os desafios enfrentados para ocupar espaços historicamente dominados por homens e suas iniciativas para promover diversidade nas instituições que liderou.
Magda revelou ter enfrentado situações de discriminação de gênero ao longo de sua carreira, como episódios em que colegas declararam dificuldade em respeitar sua autoridade por ser mulher. “Tive situações onde colegas chegavam para mim, olhavam e falavam: ‘Magda, eu gosto muito de você, está tudo ótimo, mas eu não consigo te obedecer porque você é mulher’. E eu respondia: bom, esse problema não é meu, né? É seu. Você que vai ter que lidar com isso”, contou Magda em entrevista a Folha de São Paulo.
Ao assumir cargos de liderança na ANP e na Petrobras, Magda se comprometeu a aumentar a participação feminina, nomeando mulheres para áreas estratégicas como Engenharia e Exploração e Produção, responsáveis por mais de 70% do orçamento da estatal.
Magda destacou que a representatividade feminina na Petrobras ainda é baixa, com mulheres correspondendo a apenas 17,1% da força de trabalho, segundo dados de 2023. Além disso, no conselho de administração da estatal, composto por 11 membros, apenas duas são mulheres, incluindo Magda.
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