O senador colombiano e pré-candidato à presidência, Miguel Uribe, morreu nesta segunda-feira (11) aos 39 anos, após mais de dois meses internado em decorrência de um atentado sofrido em junho, durante um comício em Bogotá. A informação foi confirmada por sua esposa, Maria Claudia Tarazona.
Uribe, opositor ao atual governo, era um dos favoritos na disputa eleitoral marcada para março de 2026. Ele era neto de um ex-presidente e filho de uma jornalista sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín.
O ataque ocorreu na noite de 7 de junho, quando o senador foi atingido por dois tiros na cabeça e um na perna enquanto discursava em um evento de rua na capital. O caso marcou o início de uma série de atentados políticos registrados nos últimos meses na Colômbia, reacendendo memórias da violência política dos anos 1990, quando três candidatos à presidência foram assassinados durante campanhas eleitorais.
Desde então, Uribe estava internado na Fundação Santa Fé de Bogotá. Ele passou por diversas cirurgias e chegou a apresentar melhora, mas sofreu uma hemorragia no sistema nervoso central, que o levou de volta a um quadro crítico. Segundo boletim divulgado no sábado (9), ele precisou ser sedado novamente. O hospital confirmou que o senador morreu às 1h56 desta segunda-feira, no horário local de Bogotá (23h56 de domingo em Brasília), após “esforços incansáveis” da equipe médica.
A morte de Uribe gerou repercussão nacional e internacional. O ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, líder do partido Centro Democrático, lamentou: “O mal destrói tudo, mataram a esperança. Que a luta de Miguel seja uma luz que ilumine o caminho correto da Colômbia”. Já o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, manifestou solidariedade e cobrou justiça: “Os Estados Unidos se solidarizam com sua família e com o povo colombiano, tanto no luto quanto na exigência de justiça contra os responsáveis”.
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