19ª edição, Parada do Orgulho LGBT de São Paulo cobra respeito e igualdade (Daniel Mello/Agência Brasil)

O Brasil atingiu, no ano passado, um triste recorde. A cada 19 horas, uma pessoa foi morta, exclusivamente por ser da comunidade LGBT, ou seja, lésbica, gay, bissexual, travesti e transexual. Ao todo, foram 445 mortes, de acordo com o levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia, divulgado nessa quinta-feira (18). 2017 foi o ano em que mais se matou pessoas LGBT no Brasil, em 38 anos de pesquisa.

O número de vítimas de lesbofobia, homofobia e transfobia aumentou 30%, de 2016 para o ano passado. Na comparação com 2007, em dez anos, o número de mortes triplicou. Em mais da metade dos casos, os crimes ocorrem em vias públicas.

A pesquisa, realizada pelo Grupo Gay da Bahia, se baseia principalmente em informações veiculadas pelos meios de comunicação. O grupo avalia que o número de vítimas pode ser ainda maior, porque, muitas vezes, os casos não são noticiados.