Com a ausência na maior parte da sessão de ontem do protagonista do julgamento do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa, o Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou a fase de análise dos recursos com a absolvição de dois réus pelo crime de lavagem de dinheiro.
A mudança na composição da Corte foi decisiva para livrar o ex-deputado federal pelo PT João Paulo Cunha dessa punição, que permitirá que ele possa ir para a prisão semiaberta. Foi o mesmo que ocorreu duas semanas atrás com outros colegas de partido inocentados pelo crime de formação de quadrilha, como o ex-ministro José Dirceu.
Os ministros Luís Roberto Barroso e Teori Zawascki, deram os votos iniciais no processo que isentou o deputado João Paulo Cunha do crime de lavagem de dinheiro.Por seis votos a quatro, a Corte entendeu que a ida da mulher do ex-parlamentar, Márcia Regina, a uma agência do Banco Rural em Brasília para sacar R$ 50 mil depositados por uma empresa do operador do mensalão, Marcos Valério, não constituía crime de lavagem.