O aumento da taxa de desemprego, que subiu 0,2 ponto percentual de março para abril deste ano passando a 6,4% – a maior desde março de 2011 – ainda não configura uma tendência, da mesma forma que a queda do rendimento médio real do trabalho não pode ser entendida como uma reversão das variáveis do mercado obtidas nos últimos anos.
A avaliação é da técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Adriana Beringuy. Para ela, é perceptível que o mercado de trabalho apresenta movimentos opostos ao do ano passado, mas não de que isso possa significar perda das conquistas ou reversão de tendências.
Para a técnica do IBGE, ainda que haja nos primeiros quatro meses de 2015 uma reversão de variáveis consideradas positivas em 2014, a trajetória do mercado do trabalho, quando analisada em um período mais longo, do ponto de vista da estrutura desse mercado, ainda registra ganhos”.
Ao avaliar o aumento da taxa de desemprego, a técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE atribui o fenômeno muito mais ao da população desocupada em busca de trabalho, do que à queda do emprego. Para ela, embora maior que a de abril de 2014, a taxa de desocupação do mês passado reflete um movimento que vem ocorrendo ao longo deste ano.
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