31 jan 2019
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“Eu queria ao menos um sepultamento digno”, diz irmão de desaparecido

BRUMADINHOÀs vésperas de completar uma semana do rompimento da barragem de Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, moradores que buscam informações de desaparecidos ainda sofrem com a falta de dados. Eles dizem que, desde a tragédia, a rotina é a mesma: ir diariamente à Central de Informações para verificar possíveis atualizações. Mas à medida que o tempo passa, a esperança diminui.

Antônio Carlos Castro, supervisor de manutenção industrial, que trabalhava como terceirizado na Vale, busca o genro, casado com a filha, e pai de duas crianças de 6 e 2 anos. “Tenho pouca esperança agora”, disse Castro, sem esconder o desânimo. “Ele era mais do que um genro, era um filho”, completou. “É duro. O cara formar, ter família, e ficar no além.”

De acordo com Castro, a possibilidade de ocorrer um acidente jamais passou pela cabeça de um funcionário seja terceirizado ou da própria Vale. Segundo ele, a empresa era muito severa nos itens de segurança, como luvas, máscaras e calçados. “Ninguém imaginava isso por causa do regime da Vale que é de muita segurança.”

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