Para cada R$ 100 pagos na conta de luz, o consumidor brasileiro gasta, sem saber, outros R$ 200 com energia.
Esse é o custo da eletricidade que vem embutido no preço dos serviços utilizados e dos bens consumidos.
O cálculo foi feito pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas), no primeiro estudo brasileiro a medir o peso da energia contida em itens como carros, imóveis, batedeiras ou salões de cabeleireiros.
A Fipe usou uma metodologia desenvolvida pela União Europeia, chamada WIOD (World Input-Output Database).
Segundo o trabalho da fundação, a conta de luz representa apenas 32% de todo o custo de energia elétrica pago por uma família.
A maior parte (53%) está embutida nos preços de mercadorias e serviços contratados pelos consumidores. Os outros 15% estão incluídos nos preços de serviços públicos, como o transporte.
O trabalho da Fipe mostra que, para cada real pago na fatura de energia, o consumidor desembolsa outro R$ 1,68 para custear a energia escondida nos bens.