Na última quarta-feira, 23 de abril, o auditório do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres/UFRN) em Caicó, foi palco da III Roda de Conversa Seridó é Território Indígena: Direitos Territoriais e R-Existências. A atividade integrou a programação do Abril Indígena, mês dedicado nacionalmente à valorização das lutas e culturas dos povos originários.
O evento reuniu cerca de 350 pessoas, entre docentes e estudantes do ensino superior do Ceres e da Escola Multicampi de Ciências Médicas (EMCM/UFRN), assim como alunos da educação básica e demais pessoas interessadas na temática. O objetivo foi discutir os direitos indígenas, a existência e a resistência desses povos na região do Seridó e do Rio Grande do Norte.
Entre os participantes, estiveram presentes Carlos Potiguara e Rafael Potiguara, da comunidade indígena Mendonça do Amarelão (João Câmara); Marinalva Sabino, da comunidade indígena Currais Novos (Jardim do Seridó); Juá Tapuia Keikwó (Acari); e indígenas Warao (Mossoró). O juiz federal Caio Diniz Fonseca também marcou presença, compondo a roda de conversa mediada pela professora Ana Mônica Medeiros Ferreira, do Departamento de Direito Ceres.
Durante o encontro, foi lançado o filme Corraveara – Seridó Terra Indígena, produzido por Julhin de Tia Lica. Segundo Ana Mônica, a obra contribui para preservar a história e cultura do Seridó, promover a identidade e o orgulho e desconstruir estereótipos. Além disso, ela destaca também o papel do cinema como ferramenta para a transmissão de saberes ancestrais e a discussão de questões importantes para as comunidades dos povos originários, como a luta pela terra e a garantia de direitos fundamentais.
De acordo com a professora, um dos principais resultados da ação foi a interação entre escolas da região do Seridó, a Universidade e a sociedade civil em torno da valorização da cultura indígena. “A realização do evento é uma forma de reconhecer a importância da diversidade cultural brasileira, fortalecer a identidade nacional a partir da valorização dos povos indígenas do Seridó e construir uma sociedade mais justa”, afirma.
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