O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) vai adotar o Sistema de Alerta Precoce de Secas e Desertificação no Semiárido brasileiro.
O objetivo é desenhar cenários de vulnerabilidade resultantes do uso da terra, com ênfase na questão da desertificação, além de fazer previsões sobre mudanças climáticas.
O sistema é resultado de uma parceria entre o Inpe e o Ministério do Meio Ambiente, firmada hoje durante a 2ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD).
No encontro, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu a adoção de políticas públicas destinadas ao Semiárido para os próximos dez anos, a fim de amenizar os efeitos negativos das mudanças climáticas.
Segundo a ministra, a Caatinga já perdeu 50% da cobertura original. “É necessário, pelo menos, tentar evitar que a situação se agrave ainda mais”, disse ela, ao destacar a necessidade de investimentos dos bancos públicos na área.
Izabella Teixeira criticou a falta de engajamento dos prefeitos nas discussões sobre sustentabilidade do meio ambiente, “crucial num momento em que o tema desperta a atenção no Brasil e no mundo inteiro”.
E lembrou que todas as previsões para os efeitos negativos do clima feitas há 30 anos se confirmaram.
Segundo a ministra, os prefeitos, “quando fazem suas marchas a Brasília, não trazem na sua agenda assuntos de interesse do meio ambiente”.
Izabella Teixeira disse que tratar do assunto de forma estratégica é fundamental, dada a importância para a produção de alimentos, a geração de energia e a redução de desastres naturais, como as enchentes ocorridas em Alagoas e Pernambuco em consequência de chuvas.
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