Duas semanas após o início da greve dos vigilantes do Rio Grande do Norte, o ajudante de depósito Damião dos Santos, de 35 anos, ainda não contabilizou os prejuízos. Há dez dias, ele tenta pegar um cartão que havia pedido e chegou ao banco em que é cliente. O problema é que sem segurança, as agências não estão abrindo e ele não conseguiu receber o documento.
“Liguei para o banco para buscar uma solução, mas a moça que me atendeu disse que só é possível pegar quando tudo voltar ao normal”, contou ele. Para conseguir fazer compras e outras transações financeiras, ele conta que tem recorrido a empréstimo com amigos.
Sem os vigilantes nas agências, em boa parte das agências bancárias há apenas expediente interno, sem atendimento ao público, segundo informou o sindicato dos bancários. Os clientes só podem contar com os serviços do autoatendimento, como caixas eletrônicos e serviços por aplicativos e páginas na internet.
A dona de casa Ana Sena, de 42 anos, foi outra cliente que tentou atendimento em dois bancos nesta segunda-feira (12) e não conseguiu. “Já estou vendo que não vou conseguir de novo”, disse antes de entrar na agência do Bradesco em Candelária, ao ver a placa que anunciava a greve.
0 Comentários