Por Ney Lopes – O governador Robinson Faria e os presidentes da Assembleia Legislativa do RN e da Câmara Municipal de Natal, além de prefeitos do interior, vereadores e lideranças municipais devem extravasar gargalhadas de alegria, nos últimos dias.
Na medida em que se anunciam liberações de R$ R$ R$ -U$ U$ U$ aumenta o número de adesões à reeleição e apoios à candidatos a deputado cooptados pelo governo, em troca de benesses.
A população atônita assiste esse espetáculo.
O “staff” oficial zombeteia daqueles que se afastaram, por não desejarem pactuar com esse “conluio” e de dedo em riste apontam para esses tais “resistentes”, classificando-os de “incompetentes” e “sem futuro na política”.
A euforia nasce da aprovação da liberação de quase 200 milhões de reais, por antecipação, dos royalties do petróleo devidos ao estado.
Os artífices da “manobra” recebem os cumprimentos pela “competência” demonstrada nas ações político-eleitorais que têm desenvolvido nos últimos dias, liberando essas somas astronômicas de dinheiro, inclusive na área do legislativo, permitindo nomeações e até renomeações de servidores demitidos por recente ordem, anteriormente dada pelo MP (agora, tacitamente revogada pela força da “caneta”, sem contestação).
A única coisa que resta aos “resistentes” é recordar Rui Barbosa e “desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.
Na verdade, chove dinheiro nos “alpendres” do governo estadual e órgãos legislativos que apoiam à reeleição do governador Robinson Faria, atraindo adesões e novos adeptos.
A Assembleia Legislativa do RN, de forma até então julgada impossível, “dobrou-se” e aprovou com maioria qualificada a liberação dos royalties do petróleo, até dezembro de 2019.
O motivo seria o pagamento dos atrasos do funcionalismo.
Sendo assim, deveria ter sido limitada a liberação até dezembro deste ano, para não inviabilizar a futura administração eleita em outubro, que já começará com déficit de quase $ 200 milhões de reais.
O texto da magnânima lei aprovada na AL-RN é ambíguo e deixa “brechas” para, após o pagamento do funcionalismo, aplicar recursos em outras áreas.
Ademais, se esses recursos pagarão os atrasados dos servidores, fatalmente sobrará muito dinheiro da arrecadação normal do estado, “ajudando” assim o Governo fazer a sua campanha – já iniciada – à reeleição, como se antevê pelos indícios conhecidos.
Além dos milhões dos royalties, o Governo do Estado conta ainda com os dólares do RN Sustentável, projeto do Banco Mundial, aprovado à época de Rosalva Ciarlini e agora liberado em parcelas atualizadas.
Quer dizer: para o RN é muito saudável o dólar subir de cotação, pois significa a cada dia mais dinheiro do Banco Mundial, para os “fins conhecidos”.
Se continuar como está, sem repressão, fiscalização e aplicação das leis, por quem de direito, o “festival de bondades eleitorais do Rio Grande do Norte” será o mais expressivo do Brasil, na eleição de outubro próximo. Infelizmente, a exemplo da violência, o estado também liderará o ranking da corrupção eleitoral, montado abertamente, com afoiteza e sem escrúpulos.
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