
Outro risco além da chuva são os vendavais, que foram mais frequentes em 2025. O tempo fecha e a gente já se preocupa com a chuva e os ventos fortes. Cada vez mais fortes. Em 2025, até agora, foram 117 vendavais com ventos acima dos 80 km/h. O maior número desde que o Inmet, o Instituto Nacional de Meteorologia, começou a fazer medições automáticas por todo o Brasil, no ano 2000.
O Rio Grande do Sul registrou três dos quatro vendavais mais fortes de 2025. O estado é a porta de entrada dos ciclones extratropicais no país. É no rio grande do sul que o ar frio do polo e o ar quente e úmido, da amazonia, se chocam e criam condições para o fenômeno. Os vendavais atingiram ainda o Distrito Federal e outros 15 estados. Em Altamira, no Pará, os ventos chegaram a 140km/h e vieram com chuva, como é mais comum.
Mas, na semana passada, a cidade de São Paulo foi castigada por vendavais sem chuva, em um dia de céu azul. Geralmente, um ciclone extratropical é formado por correntes de ar que vêm do oceano. Mas o que atingiu São Paulo foi formado por uma corrente úmida, que passou pelo mar, e por outra corrente seca, que se formou no continente, perto da fronteira com a Argentina. A umidade ficou no Sul, mas o vento seco veio forte para São Paulo. Os meteorologistas afirmam que isso nunca tinha acontecido na cidade.