haddad x bolsonaroO discurso contra a corrupção e a criminalidade está na boca dos candidatos no segundo turno das eleições. Mas, independentemente de quem vencer a disputa neste domingo (28), o Brasil elegerá um presidente réu, um fato inédito desde a redemocratização do país, segundo pesquisa feita pela reportagem com ajuda de especialistas no tema.

Tanto Jair Bolsonaro (PSL) como Fernando Haddad (PT) respondem a ações penais ou de improbidade administrativa. Eleitos, os casos a que eles respondem não serão solucionados pela Justiça porque a Constituição determina que processos contra presidentes da República sejam suspensos durante o mandato. Na prática, vão governar com uma “espada sobre a cabeça”, sem a população saber se são culpados ou inocentes dos crimes ou irregularidades dos quais são acusados.

“Embora não se enquadrem na Lei da Ficha Limpa, o ideal é que não tivéssemos como candidatos à Presidência pessoas submetidas a processos”, disse o ex-procurador geral da República Roberto Gurgel ao UOL.