Os servidores administrativos da saúde estadual do Rio Grande do Norte iniciaram, nesta segunda-feira (20), uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi aprovada por unanimidade durante assembleia realizada na última quarta-feira (15), após o Governo do Estado recusar as principais reivindicações da categoria e encerrar as negociações sem apresentar proposta. O movimento, coordenado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde-RN), busca pressionar o Executivo para garantir melhorias salariais e de condições de trabalho.

Segundo a diretora do Sindsaúde-RN, Rosália Fernandes, os servidores administrativos estão entre os grupos mais desvalorizados do sistema estadual. “Os servidores administrativos, diferente dos profissionais que trabalham diretamente na assistência, não têm gratificações. Nós, que atuamos na assistência, recebemos adicional de insalubridade, de 20% em cima do vencimento básico, e quem trabalha à noite recebe adicional noturno. Eles, não. Têm apenas o vencimento básico”, explica.

A pauta da greve inclui a criação de uma gratificação de 20% sobre o vencimento básico, o reajuste das gratificações de chefia e coordenação congeladas há quase 30 anos, o pagamento de horas extras previstas em lei e a implantação do auxílio-alimentação para quem atua em locais sem fornecimento de refeição. “Essa pauta não é nova. Desde o ano passado, quando apresentamos as reivindicações gerais da saúde, essas demandas já estavam incluídas. Mas o governo não negociou”, afirma Rosália.