A saúde do Rio Grande do Norte completou 50 dias de greve no primeiro dia do ano. O ano de 2017 acabou, mas têm servidores que ainda não receberam o salário de novembro e nem o 13º salário.
A folha de dezembro nem se fala, só foi paga até agora aos servidores da ativa de órgãos da administração indireta e da educação, que têm recursos próprios. Os demais servidores, aposentados e pensionistas, contudo, continuam sem receber. O Governo anunciou que só deve concluir a folha, apenas no dia 30 de janeiro.
Na reta final de 2017, o que os servidores ganharam foi apenas desprezo do governador Robinson Faria (PSD), demonstrando que não se importa com a vida dos servidores e nem de suas famílias.
Os servidores públicos vêm amargando uma das maiores crises dos últimos anos. Desde janeiro de 2016, o governador Robinson Faria (PSD) está atrasando os salários do funcionalismo e o pagamento é feito de forma escalonada: primeiro recebem aqueles com salários mais baixos; depois, conforme entram recursos, os demais servidores. O atraso no pagamento tem afetado as necessidades mais básicas dos trabalhadores, em especial os da saúde pública. Falta dinheiro para ir ao trabalho e até mesmo para se alimentar.
Endividados, com as contas atrasadas e sem dinheiro sequer para o transporte, os servidores públicos estão chegando ao limite e já começaram a faltar o trabalho, a exemplo dos trabalhadores da saúde. Alguns setores como o centro cirúrgico do Walfredo Gurgel e do Ruy Pereira foram fechados por falta de funcionários.
Em meio ao caos e descaso do governo com a vida dos trabalhadores, duas categorias do funcionalismo têm dado exemplo de luta e resistência. Em greve há mais de um mês, os servidores da saúde e os professores da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte vêm realizando manifestações conjuntas e já enfrentaram a repressão policial e a truculência do governo por duas vezes.
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