24 jan 2017
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Professores recebem prêmio por criarem repelente caseiro

16114836_1234242339956911_1767477714240311279_n (1)Os casos de dengue e chikungunya e a incidência do zika vírus em Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa, Paraíba, levaram a professora de química Paula Cristina de Andrade Rangel a desenvolver o projeto de um repelente caseiro. Paula, 35 anos, há dez é professora na Escola Técnica Estadual Erenice Cavalcanti Fidélis, em Bayeux, município de 96,5 mil habitantes, que tem 60% da área coberta por mangues e rios, propícios à proliferação de mosquitos como o Aedes aegypti.

Nascida em Macaparana, Pernambuco, Paula começou a desenvolver o projeto do repelente em janeiro de 2016, com o crescimento do número de casos de dengue, chikungunya e do zika vírus, transmitidos pelo Aedes aegypti, em todo o país. “Havia um surto muito grande de zika, e víamos, na escola, que as pessoas estavam ficando doentes”, diz a professora. “Um aluno pegou a chikungunya e ficou com problema no coração, uma arritmia, como sequela.”

Ao ver alunos e familiares afetados com doenças transmitidas pelo mosquito, Paula resolveu ir com os alunos para o laboratório e desenvolver o projeto. Antes de os estudantes começarem a usar a fórmula do repelente, a professora precisava testá-lo, para avaliar a eficiência, sem comprometer a segurança de todos. Para isso, precisava de um lugar em que os mosquitos proliferassem. Ela levou o produto até a casa de sua mãe, que mora perto de uma na praia, e o testou na própria família.

“Usei o produto em mim, em minha irmã, minha sobrinha e meu enteado, de 4 anos”, explicou. “Não apareceu nenhum problema de pele, nenhuma alergia; realmente, ficávamos protegidos.”

Produção — De acordo com a professora, é possível fazer o repelente com gasto inferior a R$ 7, por se tratar de produto sustentável, barato e eficaz. Geralmente, as pessoas têm em casa todos os ingredientes. O produto passa por processo de decantação, que dura quatro dias, e em seguida por uma filtragem até estar pronto para uso. “Usei cravo-da-índia, que tem cheiro forte, e álcool comum. Duas vezes ao dia, eu mexia o material para que fosse decantado o resíduo do cravo-da-índia. Depois de quatro dias, filtrei e adicionei óleo corporal”, explica.

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