Todos os anos, cerca de 50 milhões de casos de dengue são registrados no mundo, sendo que 500 mil são considerados graves e 21 mil resultam em morte. Mesmo afetando mais de 120 países, ainda é considerada uma mazela negligenciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em busca de alternativas para contribuir no combate do mal, pesquisadores do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga (NBioCaat), rede articulada pelo Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI), obtiveram resultados promissores no combate à larva do principal mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Uma das principais linhas de pesquisa do grupo é a utilização de compostos de plantas da Caatinga no controle de pragas.
Biopesticida da Caatinga
Os estudos do núcleo concluíram que a ação de óleos essenciais de Eugenia brejoensis, conhecida com Cutia, uma espécie da família Myrtaceae (família da pitanga e goiaba), foi considerada moderada, sendo capaz de exterminar até 50% das larvas dos mosquitos nos testes, com uma dose de 214,7 ppm (parte por milhão).
De acordo com um dos pesquisadores responsáveis pelo trabalho, Alexandre Gomes (Insa), os próximos passos são isolar os compostos majoritários presentes no óleo essencial e testálos separadamente contra os mosquitos. “A ideia é desenvolver um biopesticida com compostos de plantas da Caatinga”, afirmou.
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