A prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), deixou o mundo político de Brasília perplexo. Palácio do Planalto, governistas e oposição ainda discutem qual o tom do discurso para tratar da prisão do parlamentar, na manhã desta quarta-feira (25).
A inédita decisão do Supremo Tribunal Federal, de autorizar a prisão de um senador, deflagrou uma série de reuniões. Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) discute com aliados e governo como proceder, já que a Casa receberá em 24 horas os autos da prisão e decidirá em plenário se mantém ou não Delcídio detido.
Renan se reunirá com os líderes nas próximas horas para tomar uma posição oficial sobre o rito da votação. A intenção inicial é não abandonar o colega, parlamentar com trânsito na Casa, porém pesa o temor sobre a repercussão negativa do corporativismo. Alguns senadores entendem que liberar Delcídio poderia ser entendido como uma afronta a Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao STF.
Nos corredores do Senado circula a avaliação de que as acusações da PGR são graves e bem fundamentas. Surpreendeu os parlamentares a alegação de que Delcídio teria oferecido uma mesada e rota de fuga para que o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, não colaborasse com as investigações da Lava-Jato.eso.
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