Cansados de esperar por uma reforma política sempre adiada, representantes dos movimentos sociais começam a elaborar projetos de iniciativa popular, propondo alterações nas atuais regras eleitorais. A idéia é encaminhar projetos com respaldo popular ao Congresso, propondo alterações nas regras eleitorais que vão se afirmar por serem nascidas no seio da sociedade civil organizada, à exemplo da lei de ficha limpa.
Uma das principais alterações que está sendo cogitada pelos movimentos sociais é o fim da política como profissão, limitando a dois mandatos o tempo máximo de permanência no Congresso. A proposta é capitaneada pelo ativista social Francisco Whitaker, organizador do Fórum Social Mundial e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral ( MCCE ) e tem o apoio da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, que faz parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ( CNBB ).
Os movimentos sociais argumentam que a perpetuação no poder representativo é uma das distorções no sistema democrático representativo vigente. Na pauta da reforma política proposta pela sociedade, as discussões sobre financiamento público de campanha, coligações partidárias, listas fechadas, tudo ligado às regras estabelecidas para evitar a perpetuação de determinadas pessoas no parlamento. Se essa regra estivesse valendo, 181 deputados ou 35% do total estariam fora do Poder Legislativo no Congresso Nacional.
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