30 out 2012
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Blog do Seridó
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12:07min. 
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Alta abstenção nas eleições 2012, pode ter sido falha de cadastro

A causa mais provável para o elevado índice de abstenção de eleitores no 2.º turno do pleito municipal – 19,11% no País – não é o desencanto político, mas a precariedade dos cadastros eleitorais. Por falta de atualização, eles acumulam nomes de pessoas que já morreram ou trocaram de endereço sem notificar a Justiça Eleitoral.

Nas cidades em que o cadastro foi atualizado recentemente, o índice de abstenção é, na média, 50% inferior ao índice nacional. Enquanto no domingo, em São Luís (MA), o índice bateu em 22% e chegou a quase 20% em São Paulo, na capital paranaense, Curitiba, ele ficou estacionado em 10%.

A explicação, segundo assessores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e cientistas políticos, está nas listagens de eleitores. Enquanto em São Luís e em São Paulo os cadastros não são atualizados desde 1986, o de Curitiba foi renovado este ano.

No processo, a Justiça Eleitoral do Paraná eliminou 200 mil eleitores fantasmas, dentro de um universo de 1,3 milhão de cadastrados. Se isso não tivesse ocorrido, eles ainda estariam engrossando o índice de abstenção.

A falta de atualização do cadastro acaba alimentando avaliações como a que indicaria que parcelas significativas de eleitores preferiram não escolher nenhum candidato, seja no 1.º turno, seja no 2.º. Essa análise soma os votos brancos e nulos ao índice de abstenção. Uma base de eleitores desatualizada pode levar a uma distorção do cenário.

A Corregedoria-Geral Eleitoral iniciou em 2011 um processo de recadastramento biométrico dos eleitores do País, a fim de digitalizar as informações e atualizar a base de votantes. A meta é concluir o processo até 2015.

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