O IBGE divulgou nesta quarta-feira (7) um quadro das desigualdades na educação. Escrever o próprio nome corretamente é a primeira vitória do pintor e estudante Raimundo da Silva. Ele nasceu na Paraíba e, na época, o estudo não era prioridade na família de vida tão difícil.
“Com 10 anos, eu parei porque tinha que trabalhar. Vendia tapioca, cocada, essas coisas assim, e vendia”, conta. Agora, aos 53 anos, ele voltou para a escola. A dificuldade que tirou Raimundo da sala de aula ainda existe Brasil afora. Em 2022, 40% dos jovens deixaram o estudo por necessidade de trabalhar. Esse dado faz parte da Pnad Educação, que traça um panorama do sistema de ensino no país.
A pesquisa do IBGE traz boas notícias. Pela primeira vez, mais da metade da população brasileira acima de 25 anos terminou a educação básica, ou seja, concluiu o ensino médio. O analfabetismo caiu de 6,1% em 2019 para 5,6% em 2022. Mas há um problema que ainda grita nas salas de aula do Brasil: a desigualdade. Entre os brasileiros pretos e pardos, 7,4% são analfabetos, mais que o dobro da população branca.
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