O governo brasileiro enviou uma força com cerca de 9 mil militares – equipados com helicópteros de combate, navios-patrulha, aviões de caça e blindados – para as fronteiras do país com o Paraguai, a Argentina e o Uruguai.
O deslocamento de tropas para a operação “Ágata 5” começou na segunda-feira e deve durar entre 20 e 30 dias. “É uma operação de fronteira que tem por objetivo, sobretudo, a repressão à criminalidade”, afirmou à BBC Brasil o ministro da Defesa, Celso Amorim.
A Marinha enviou aos rios da bacia do Prata ao menos 30 embarcações – entre elas três navios de guerra e um navio-hospital. A Força Aérea participa da operação com esquadrões de caças F5 e Super Tucano, além de aviões-radar e veículos aéreos não-tripulados.
O Exército mobilizou infantaria e blindados Urutu e Cascavel de três divisões. As três forças usam ainda helicópteros Black Hawk e Pantera, para transporte de tropas e missões de ataque.
A operação terá ainda o apoio de 30 agências governamentais – entre elas a Polícia Federal – que elevarão o efetivo total para cerca de 10 mil homens.
Segundo o general Carlos Bolivar Goellner, comandante militar do sul, a área crítica de patrulhamento será entre as cidades de Foz do Iguaçu, no Paraná, e Corumbá, no Mato Grosso do Sul – onde ocorre a maior incidência de tráfico de drogas e contrabando.
“A ação visa reforçar a presença do Estado na fronteira com a bacia do Prata”, disse Goellner. Segundo ele, as fronteiras serão fortemente guarnecidas e como consequência o tráfico de drogas e o contrabando devem ser “sufocados”.
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