Estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) revelou os impactos positivos do Programa Bolsa Família (PBF) na vida das mães adolescentes.
A pesquisa, conduzida pelo demógrafo Herick Cidarta Gomes de Oliveira em seu doutorado, analisou os dados longitudinais da coorte de 100 Milhões de Brasileiros (C100) e constatou que o PBF desempenha papel protetor significativo para a redução da ocorrência de defasagem escolar entre as jovens com filhos beneficiárias do programa. O trabalho foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Demografia (PPGDem), com orientação da professora Luana Junqueira Dias Myrrha.
O Bolsa Família foi implementado em 2003 como uma iniciativa para combater a pobreza e a extrema pobreza no Brasil, fornecendo transferência de renda mensal para os participantes. Entre as principais exigências de aprovação no programa está a de que as famílias cumpram contrapartidas nas áreas de educação e saúde. No entanto, os impactos indiretos do PBF têm sido objeto de debate e de estudo acadêmico.
A pesquisa de Herick, disponível no Repositório Institucional da UFRN, teve como objetivo investigar o efeito do programa sobre a defasagem escolar percebida no momento da maternidade de mães adolescentes, levando em consideração os aspectos de fecundidade durante o período de 2004 a 2015. Ademais, o estudo analisou a evolução da escolaridade dessas jovens entre a primeira e a última gravidez, após a entrada na C100.
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