Cerca de duas mil pessoas lotaram a Praça Augusto Severo, na Ribeira, na note deste sábado (17), no encerramento do 4º Festival Literário de Natal, com show do compositor e cantor Zeca Baleiro e banda. A programação da noite começou por volta das 18h, com bate-papos, também com a participação de Zeca Baleiro, do poeta pernambucano Marcus Acioly e com o espetáculo de Ignácio de Loyola Brandão e, sua filha, Rita Gullo, “Solidão no fundo da agulha”, homônimo do livro do escritor.
Um bate-papo com o poeta e contador de causos assuense Paulo Varela abriu a programação da noite. O público presente à tenda Moacy Cirne, conferiu os causos sobre o sertanejo e sua terra, com dose de humor e originalidade. O poeta afirmou que trabalhos como Flin têm ajudado a disseminar a cultura popular, por meio do cordel, que vem ganhando cada vez mais espaço na programação.
Na tenda principal, um dos destaques da programação foi a mesa com o compositor e cantor maranhense Zeca Baleiro e o secretário Municipal de Cultura, Dácio Galvão, “Poesia, Crônicas e Canções”, abordando o tema principal do evento, a palavra escrita e cantada. Zeca Baleiro, apesar de seis livros publicados, afirmou que não se considera escritor, e que essas publicações são encaradas como experiências, sendo sua profissão primeira a composição de músicas. Apesar dessa ressalva que faz questão de fazer quando chamado também de escritor, ele lembra que seu primeiro contato cultural direto, ainda em sua infância no Maranhão, foi com as letras. A leitura era obrigatória em sua casa, numa família de classe média. Zeca Baleiro já musicou poemas de Alice Ruiz, Paulo Leminski, Murilo Mendes e Hilda Hilst, entre outros.