03 jun 2025
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Blog do Seridó
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06:54min. 
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Bandeira vermelha na energia reduz poder de compra dos consumidores

Anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na semana passada, o retorno da bandeira vermelha na cobrança de energia em todo o Brasil pegou os consumidores de surpresa. Na prática, as contas de energia elétrica terão cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h (quilowatt-hora) consumidos. Embora a perspectiva seja de uma cobrança temporária, usuários já adotam estratégias diferentes para economizar. Para entidades representativas do comércio e indústria, o anúncio de bandeira vermelha gera aumento de custos para a cadeia produtiva.

O anúncio da bandeira vermelha patamar 1 é válido para o mês de junho. Desde dezembro de 2024 que não se tinha a aplicação desta bandeira no Brasil. Em maio, a bandeira amarela foi aplicada, o que seria um indicativo de ampliação das bandeiras nos meses seguintes. Segundo a Aneel, o aumento foi necessário em função do cenário de afluências abaixo da média em todo o país indicado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), projetando-se uma redução da geração hidrelétrica em relação ao mês anterior, com um aumento nos custos de geração devido à necessidade de acionamento de fontes de energia mais onerosas, como as usinas termelétricas.

A matriz energética do Brasil é basicamente montada em cima das hidreelétricas, que têm custo mais barato. Quando acontece redução das chuvas, diminui-se a geração de energia através das hidrelétricas, gerando necessidade de se complementar com as termelétricas, que têm custo bem mais caro”, explica o economista e ex-presidente do Conselho Regional de Economia do RN (Corecon), Helder Cavalcanti. “Nisso, o Governo, diante da quadra de chuvas que não foi dentro das expectativas, precisa suprir com a entrada das termelétricas. Logo, a situação tem esse incremento nas tarifas”, acrescenta.

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