Preso há quase oitenta dias, o ex-deputado Eduardo Cunha se prepara para soltar a língua. Mas, a julgar por conversas recentes que teve com seus advogados, não está disposto a negociar sua delação com a Procuradoria-Geral da República. Cunha estuda propor um acordo à Polícia Federal, como fez, por exemplo, a doleira Nelma Kodama. Até duas semanas atrás, essa opção estaria mais à mão.
Cunha passou sessenta dias na carceragem da PF em Curitiba, hóspede da cela central da galeria de número 5 e vizinho do doleiro Adir Assad e do ex-ministro petista Antonio Palocci, que dividem o mesmo cubículo. A pedido do juiz Sergio Moro, porém, foi transferido em 20 de dezembro para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
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