Uma das principais perguntas no debate sobre cotas em universidades públicas é se alunos beneficiados conseguem acompanhar a faculdade. Os dados mostram que aqueles que entram por esse caminho se formam com desempenho próximo aos demais alunos em pouco mais da metade dos cursos. A nota deles é inferior, porém, especialmente nas exatas. Dos dez cursos em que os cotistas estão mais atrás dos demais, sete são dessa área.
A Folha analisou o desempenho de 252 mil estudantes nas últimas três edições do Enade, de 2014 a 2016. O exame é aplicado pelo Ministério da Educação a alunos no último ano da graduação e contém perguntas de conhecimentos gerais e específicos.
Em 33 dos 64 cursos, a nota média dos estudantes beneficiados por cotas ou outra ação afirmativa foi superior ou até 5% inferior -desempenho considerado semelhante, pois representa diferença de até dois pontos em cem possíveis em uma prova. Estão nesse grupo odontologia (3% superior), ciências sociais (exatamente igual) ou medicina (2% inferior).
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